A Paz do Senhor Jesus Cristo Irmãos!!!

A irmã Gisele de Viamão acaba de montar um blog dedicado aos professores e às crianças.
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O Perdão!!!

O Poder do Perdão
Assumir um erro, repudiá-lo e demonstrar arrependimento, de um lado, e ser capaz de afastar a sensação de injustiça causada por uma ofensa, de outro – eis a equação de uma das atitudes morais mais nobres e emocionalmente complexas já criadas pela civilização ocidental.
Para as ofensas, a maior arma é o esquecimento. É no esquecimento que se igualam vingança e perdão”, escreveu o escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) sobre Jó, um dos mais fervorosos protagonistas do Velho Testamento.
                Um dos mais belos textos bíblicos, o Livro de Jó, conta como o mortal foi devastado pelos efeitos do que parecia ser o princípio uma simples aposta entre Deus e o diabo. Para provar a Deus que toda a devoção a Ele se devia às graças concedidas aos mortais, o diabo pediu a Deus para provar Jó. Deus disse ao satanás: toca em tudo, menos na vida dele. Passo a passo, o diabo foi tirando a riqueza, a saúde e, finalmente, o amor da família e o respeito dos amigos do fiel servidor de Deus. Jó então abandonaria a sua fé. Pois o homem de fé perdeu sua fortuna, viu seu corpo ser coberto de chagas, um a um seus dez filhos morreram e ele se tornou alvo do escárnio e da humilhação por parte dos amigos. Jó, porém, perseverou na fé e esqueceu as provações. A mensagem dos céus foi passada (por ter muita fé, um homem pode se achar merecedor de fortuna, saúde e amor, mas isso nada vale se aos olhos de Deus ele é um pecador) e Jó, antes de recuperar tudo o que tinha em dobro, diz-se arrependido e pede perdão ao Senhor.
                E o que é o perdão hoje?
                O perdão laico pressupõe uma transformação moral tanto do agressor como de quem foi agredido. Para haver perdão, é preciso, de um lado, arrependimento sincero e, do outro, disposição para apagar os ressentimentos, esse é um processo complexo... A idéia de que perdoar exige um processo de mão dupla é empregada com naturalidade nas mais diversas instâncias da vida contemporânea – entre marido e mulher, entre colegas de trabalho, entre nações, entre empresas e consumidores...reconhecer os erros. Nos tempos do Império Romano, um gladiador podia, a pedido do público ao redor da arena, receber a piedade de César e ser poupado da morte. O imperador usava essa benevolência inclusive para atrair inimigos para o seu lado. Havia, portanto um cálculo político por trás da absolvição. O Velho e o Novo Testamento também trazem histórias de perdão, mas sempre como uma dádiva divina. Quando Jesus ressuscita Lázaro e perdoa seus pecados, é acusado de blasfêmia por uma testemunha. Jesus responde: “O Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar os pecados”. Com isso, faz entender que é representante de Deus e, portanto, pode agir em Seu nome. Essa é a chave para ofendidos e ofensores afastarem as angústias causadas pelos problemas do passado.
Texto extraído da revista Veja, edição 2175 de 28 de julho de 2010.
E você, libera sinceramente o perdão quando se sente ofendido por um irmão (ã)? Pense nisso.